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Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, comenta sobre a nova edição da Jornada do Patrimônio, evento realizado pela Secretaria Municipal de Cultura, que tem como objetivo aproximar a população de seu patrimônio histórico.

De acordo com Bonduki, a Jornada “foi uma iniciativa que tivemos em 2015, quando eu era secretário de Cultura de São Paulo, para implementar o que chamamos de educação patrimonial, ou seja, aproximar a população do Estado de São Paulo do seu patrimônio arquitetônico, cultural, artístico e urbano”. A ideia inicial era criar um sentido de pertencimento da população com a sua cidade.

Após duas edições virtuais, a Jornada voltou a ser presencial em 2022. Para o urbanista, isso é um sinal de que ela está “consolidada como uma política de Estado”, independentemente das diferentes administrações públicas que passaram pela Prefeitura. “Neste ano, dezenas de propostas foram enviadas para a Secretaria de Cultura. E a metodologia de elaboração da programação não é feita de maneira centralizada, são os pesquisadores, profissionais, associações de bairro e coletivos que propõem as iniciativas”, esclarece ele.

“Na nova edição, as propostas abordam questões como a memória da população preta de São Paulo, a memória indígena na cidade e a presença de grupos específicos como, por exemplo, os imigrantes muçulmanos e africanos, das várias colônias que nós temos aqui em São Paulo”, conta Bonduki.

Entretanto, para o professor, a Jornada “não pode ser vista como uma iniciativa isolada, mas sim como parte de uma política de proteção ao patrimônio e nisso as iniciativas da Prefeitura são muito tímidas”, reforça ele ao pontuar a importância de preservarmos a história e a memória dos bairros da capital.

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