O fato de Jair Bolsonaro ter contraído o coronavírus — de acordo com André Singer — não tem, ao menos inicialmente, conotação política. O especialista aponta que todos estão sujeitos a isso, no entanto, visto o descaso com que o presidente encarou a pandemia até aqui, negando as medidas de segurança recomendadas pelas principais instituições de saúde, o acontecimento tem tom “irônico”.
Os desdobramentos políticos do caso irão depender diretamente do quadro clínico do chefe de Estado, já que é possível que ele tenha somente sintomas leves, como a maioria das pessoas, ou graves, até mesmo letais. Mas, segundo o professor, independentemente disso, o fato ficará marcado como um registro histórico.
“Terá, no mínimo, uma relevância histórica. Temos uma tragédia nacional, com mais de 65 mil mortes, o segundo país com o maior número de óbitos. Isso sem dúvida acabará recaindo sobre o presidente da República, e o fato de ele próprio [Bolsonaro] ter sido contaminado vai ficar como um registro notável.”
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