Nesta coluna Horizontes do Jornalismo, Carlos Eduardo Lins da Silva comenta os episódios recentes envolvendo agressões a jornalistas. Um deles ocorreu em março, em Olímpia, no interior de São Paulo, quando um bombeiro ateou fogo à sede de um jornal local. Um outro caso ocorreu dias depois, em Santa Cruz do Capibaribe, interior de Pernambuco: uma rádio foi invadida por militantes bolsonaristas durante um programa ao vivo.
Segundo o colunista, esses dois ataques estão entre diversos outros que têm ocorrido contra jornalistas e veículos de imprensa em várias cidades brasileiras. Segundo a organização internacional Comitê para Proteção de Jornalistas, em 2020,o número de ataques desse tipo ocorridos no Brasil cresceu 106%.
Nas duas situações, os jornalistas estavam apenas defendendo questões ligadas à saúde pública e à pandemia de covid-19, como o isolamento social e a vacinação. Lins da Silva alerta que isso pode levar a casos piores, como já ocorreu em 2019, quando dois jornalistas foram mortos na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro; e em 2020, em Alegrete, Rio Grande do Sul, quando dois profissionais da imprensa foram assassinados. Esses casos tiveram motivação política e ainda não foram solucionados pelas autoridades policiais.
Para o colunista, o crescimento dos ataques à imprensa e a jornalistas no Brasil é resultado direto da atitude do presidente Bolsonaro, de seus filhos e de seus apoiadores em relação a esses profissionais.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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