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Nas colunas anteriores de Bibliomania, a professora Marisa Midori tem insistido nas questões políticas e econômicas que afetam o mundo dos livros e dos leitores. Então, para amenizar um pouco “as nossas dores”, nesta semana a professora fala sobre A Linguagem Sentimental das Flores, de Alessandra El Far, uma publicação da Editora Unesp, que “ilumina e alegra nossos espíritos”, como diz Marisa.

Porém, nem tudo são flores, mesmo na obra, como destaca Marisa, explicando que a autora desnuda a sociedade do século 19 no Rio de Janeiro, “uma sociedade conservadora e que, de modo geral, penalizava bastante as moças”.

Eram muitos os códigos usados e é aí que entra a história do livro nessa pesquisa tão original, como aponta a professora. “Pois, de fato, os dicionários das flores, ou ainda as linguagens das flores, existiram e tiveram êxito editorial no Brasil oitocentista. Na verdade, estamos a tratar de um gênero que se difundiu igualmente na Europa – El Far traz exemplos da França e de Portugal – e que sobreviveu às mudanças de costumes observadas no século 20 – embora a autora se detenha no século 19.”

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