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Lançado recentemente pela Ateliê Editorial, Editoras universitárias, para quê?, foi o tema da última coluna da professora Marisa Midori. “O título é bastante provocativo: Editoras Universitárias Para Quê?, de Paulo Franchetti, professor aposentado do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL-Unicamp) e Plinio Martins Filho, professor do curso de Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). Paulo esteve à frente da Editora Unicamp por doze anos, tendo sido responsável por sua estruturação, no início dos anos 2000. Plinio esteve à frente da Edusp por longos 25 anos e hoje atua em diversas editoras: Ateliê Editorial, de sua propriedade; Edusp, como coordenador editorial”, explica a colunista.  “E o livro retoma o título de uma conferência que Paulo Franchetti proferiu no Simpósio Internacional Livros e Universidades, em 2012, no momento em que a Edusp completava 50 anos e celebrava com um grande evento a efeméride”, relembra Marisa Midori.

Segundo a professora,  “na época, a grande questão que surgia era a do livro digital”. “E se o livro digital não confirmou sua hegemonia – longe disso! – nesses últimos doze anos, no caso das publicações científicas, o quadro destoa um pouquinho da regra geral. Basta lembrar que este subsetor tem apresentado quedas significativas no volume de produção e vendas no Brasil. Eu tomei o cuidado de olhar a Série Histórica da Pesquisa sobre o comportamento de mercado realizada pela Nielsen e, de fato, em 2012, o subsetor CTP (Científicos, Técnicos e Profissionalizantes) tinha uma participação de 23% nas vendas ao mercado. Em 2023 a participação caiu para 15%. É o subsetor com maior redução do preço médio do livro, 36%, de 2006 a 2023.”, esclarece a colunista. “Isso me faz pensar no quanto as reflexões apontadas neste pequeno e precioso volume de Paulo Franchetti e Plinio Martins Filho chegam em boa hora. Retomam questões abordadas em 2012 por ocasião do simpósio, ao mesmo tempo que humanizam esse tal de livro científico. Particularmente, porque os dois editores estão intimamente ligados às edições nas áreas de Ciências Humanas”, conclui a colunista.

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