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Uma noite bem dormida é fundamental para a recuperação física e mental do atleta, afirma o professor Bruno Bedo, que nesta coluna fala sobre a relação entre quantidade e qualidade do sono de jovens atletas e seu desempenho não só no esporte como também acadêmico. Ele lembra, por exemplo, que uma boa qualidade do sono é fundamental para o bom funcionamento da parte endócrina do organismo. Além de que “uma noite com sono reduzido afeta o funcionamento do sistema nervoso central, que compromete, por exemplo, a percepção espacial do atleta, a tomada de decisão e execução de movimentos”. O sono aparece como uma variável de grande impacto também no desempenho escolar, e Bedo cita estudo realizado por pesquisadores espanhóis que confirmam essa tese.

Mais adiante, ele diz: “Quando a gente olha para atletas em processo de formação – no caso, aqui, a gente pode estar falando do futebol, mas também se aplica para atletas de outras modalidades – o sono é ainda mais importante […] de forma geral, a privação do sono afeta diretamente a saúde mental. A falta do sono adequado leva a alterações negativas no estado do humor, resultando numa  irritabilidade, instabilidade emocional e até uma maior propensão a sintomas de ansiedade e depressão”.

Além de tudo, alerta Bedo, a privação do sono afeta a função cognitiva e a capacidade de concentração do atleta, “logo isso pode resultar em lapso de atenção, diminuição da velocidade na tomada de decisão e, consequentemente, um comprometimento na coordenação motora, prejudicando seu desempenho técnico e tático no campo de futebol, mas também, como eu disse, em outras modalidades”. Moral da história: é fundamental que atletas, principalmente no processo de formação, tenham uma excelente qualidade de sono.

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