Uma cerimônia realizada no dia 6 de dezembro, na sala do Conselho Universitário, no prédio da Reitoria, marcou a comemoração dos trinta anos de criação do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP.
O MAE foi criado em 1989 pela integração de duas unidades, o Instituto de Pré-História (IPH) e o antigo Museu de Arqueologia e Etnologia (cujo nome foi mantido no novo órgão), e pela fusão das coleções de arqueologia e etnologia do Museu Paulista e do Acervo Plínio Ayrosa, ligado ao Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Nesse processo foram integrados os quadros de professores e de servidores técnicos e administrativos das instituições.
“A fusão dos antigos museus incorporou o vigor e as tradições da pesquisa brasileira em etnologia do Museu Paulista e do IPH, integrando-os ao mundo dos estudos mediterrâneos e médio-orientais, que eram a pujança do antigo MAE. Apesar das dificuldades iniciais, essas áreas foram se integrando e o MAE se tornou um museu maior e muito mais vigoroso. O que o museu é hoje é muito mais do que a soma dos antigos museus”, afirmou o diretor do MAE, Paulo Antonio Dantas DeBlasis.
O acervo do MAE, com cerca de 150 mil peças, é composto por coleções de Arqueologia do Mediterrâneo e Médio-Oriente; Arqueologia Americana, com ênfase na Pré-História Brasileira; Etnologia Brasileira e Etnologia Africana. A formação desse acervo se deve a pesquisas desenvolvidas em sítios arqueológicos; a coletas realizadas em campo por várias gerações de etnólogos; a diferentes tipos de aquisição, como os intercâmbios com museus italianos; e a doações.
“O MAE já nasceu com o DNA de um museu universitário, em que o ensino convive com a pesquisa e as ações de extensão, por meio das exposições. Por isso, o MAE tem uma produção científica invejável e uma atividade intensa de ensino, que dá ao aluno de graduação a possibilidade interagir com esse conhecimento”, destacou o reitor da USP, Vahan Agopyan.
Na cerimônia foram homenageados os ex-diretores do museu, João Baptista Borges Pereira, José Luiz de Moraes, Maria Beatriz Borba Florenzano e Maria Cristina Oliveira Bruno, além do professor emérito da FFLCH, Ulpiano Toledo Bezerra de Menezes, um dos responsáveis pela organização do MAE entre os anos de 1963 e 1968.