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A filósofa Marilena Chauí recebe, no dia 13 de dezembro, o título de Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. A cerimônia acontece, às 14 horas, na Sala do Conselho Universitário da USP, no térreo do prédio da Reitoria, na Cidade Universitária.
O título de Professor Emérito é entregue a docentes aposentados que se destacaram ao longo da carreira em atividades de ensino e pesquisa ou que tenham dado contribuições decisivas para o desenvolvimento da Universidade. A distinção é oferecida pela congregação da faculdade, que reúne professores, funcionários técnico-administrativos e estudantes.
Marilena Chauí tem seu percurso acadêmico desde sempre vinculado à FFLCH. Iniciou a graduação em 1960, na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, situada no histórico prédio da rua Maria Antonia. O mestrado veio em 1967, mesmo ano em que começou a lecionar na Universidade. Orientada por Bento Prado Júnior, estudou o filósofo fenomenológico Maurice Merleau-Ponty. Em 1971, defendeu sua tese de doutorado sobre o filósofo racionalista Baruch Espinosa, orientada dessa vez por Gilda de Mello e Souza. Sobre o mesmo pensador foi sua livre-docência de 1977, A Nervura do Real, transformada em livro ganhador do Prêmio Jabuti.
Dentre sua vasta produção bibliográfica, além de A Nervura do Real, se destacam Convite à Filosofia, destinado a estudantes do ensino médio, e Introdução à História da Filosofia, ambas as obras responsáveis por difundir a disciplina para além da Universidade. Em 2017, Marilena recebeu novamente o Jabuti, desta vez por A Nervura do Real II, a continuação de seus estudos sobre Espinosa.
Reflexões sobre política, sobretudo a brasileira, são outro traço característico da trajetória da filósofa, responsáveis por torná-la famosa entre o grande público. Ligada historicamente ao Partido dos Trabalhadores (PT), Marilena atuou também na administração pública, sendo secretária municipal de Cultura de São Paulo durante a gestão Luiza Erundina (1989-1992).
O título de Professora Emérita não é a primeira condecoração que recebe. Marilena é Doutora Honoris Causa da Universidade de Paris, das Universidades Nacionais de San Juan e de Córdoba, ambas na Argentina, e da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Também recebeu a Medalha do Ministério da Educação e Cultura da Síria e a Medalha da Ordem de Palmas Acadêmicas da França.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da FFLCH e do CNPq)