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Com 336 páginas, o livro reconstitui o relacionamento entre Brasil e Angola por meio da trajetória de dois diplomatas brasileiros, Rui Germack Possolo e Saturnino de Sousa e Oliveira, que atuaram na capital angolana entre as décadas de 1820 e 1860. Nesse período houve marcos importantes, como aponta o professor Jaime Rodrigues, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que assina os textos da orelha e da contracapa do livro: a Independência brasileira, a negociação para o reconhecimento da nova condição do Império, a mediação inglesa e as pretensões imperiais diante de Angola. “Construir uma relação vantajosa para a Coroa brasileira e que atendesse aos interesses renovados do comércio a partir do fim do tráfico de escravizados com Angola era a fórmula que se precisava inventar”, escreve Rodrigues. “É pelos meandros da história das novas bases e da manutenção das antigas formas de comércio e política entre Angola e Brasil que este livro de Guizelin nos conduz com sucesso.”