1922

Os cem anos da
Semana de Arte Moderna

 11/02/2022 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 22/02/2022 às 18:57

Por Redação

Para comemorar os cem anos da Semana de Arte Moderna – ocorrida em fevereiro de 1922 –, o Jornal da USP apresenta a seguir uma reportagem especial sobre esse marco do Modernismo no Brasil. Através de textos, imagens e áudios, a reportagem oferece uma ampla visão sobre o movimento que conduziu a significativas mudanças na arte, na cultura e na sociedade brasileira no século 20. Análises de especialistas, fotos da época, exposições sobre a Semana de 22 e lançamentos de livros estão entre as atrações disponíveis. Boa leitura. 

O centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 é também um convite para se refletir sobre sociedade e cultura no Brasil

No dia 17 de fevereiro de 1922, a plateia que aguardava a apresentação do pianista Heitor Villa-Lobos no Theatro Municipal de São Paulo estava, ao mesmo tempo, ansiosa e arisca. Aquela récita seria o encerramento de uma ousadia que durou três dias – 13, 15 e 17 de fevereiro –, mas que entrou na história como se fosse uma semana inteira: a Semana de Arte Moderna. E Villa-Lobos talvez representasse um raro momento de tranquilidade que não necessariamente existiu nos dias anteriores, com uma série de apresentações e exposições que o jornal Correio Paulistano, no dia 29 de janeiro, afirmava ser “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual” – só faltou combinar com a plateia. Continue lendo

A mostra, que reúne centenas de materiais, entre cartas, livros e manuscritos de artistas como Mário e Oswald de Andrade e Anita Malfatti, está em cartaz no Centro Cultural Fiesp, em São Paulo

Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira e tantos outros artistas, além de serem grandes figuras do Modernismo brasileiro, também eram seres humanos. Eles tinham dúvidas, frustrações e chegavam até a brigar entre si. Além de apresentar três décadas de Modernismo brasileiro com conteúdo inédito, a exposição Era Uma Vez o Moderno mostra como esse movimento não se resume à Semana de Arte Moderna de 22 e construiu diversas vozes e iniciativas ao longo das décadas. Continue lendo

A Pinacoteca busca a reflexão crítica e histórica. Apresenta 134 obras dos modernistas integradas com artistas de diferentes movimentos

Como é a São Paulo modernista que Tarsila do Amaral pintou em 1924? A metrópole que o público vai observar na mostra Modernismo. Destaques do Acervo, na Pinacoteca de São Paulo, questiona os 468 anos da capital paulista. Com a paisagem definida por muitos como “caipira” e “ingênua”, Tarsila delineia o futuro e o progresso: os postes de petróleo, as bombas de gasolina, uma árvore com a copa arredondada e, ao fundo, o bonde, os prédios de diversos tamanhos e uma palmeira solitária. Continue lendo

Lançamento será neste sábado, dia 12, às 11 horas, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, com transmissão ao vivo pelo Youtube

Obra Incompleta reúne parte significativa da produção de Oswald de Andrade: toda a poesia, os romances Memórias Sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande e textos diversos que têm como tema o ideário antropofágico. Jorge Schwartz, o coordenador desta edição crítica, contou com a colaboração de inúmeros pesquisadores, com destaque para a contribuição de Gênese Andrade e Maria Augusta Fonseca, responsáveis pelo estabelecimento do texto e por ensaios críticos sobre a poesia e os romances. Continue lendo

Revista Estudos Avançados traz dossiês sobre a Semana de 22, a universidade de pesquisa e os 60 anos da Fapesp

O movimento modernista brasileiro se dividiu em dois modos diferentes de conceber a modernização. De um lado, Mário de Andrade assumiu uma postura “imediatista”, que defendia a incorporação, pelos artistas brasileiros, das linguagens modernas já adotadas nos principais centros europeus. De outro lado, a partir de 1924, Oswald de Andrade propunha uma “mediação”, que consistia em dotar a produção artística feita no País de traços nacionais, condição para a inserção do Brasil no concerto das nações cultas. Continue lendo

Fapesp reúne especialistas da USP para analisar o impacto da Semana de Arte Moderna de 1922

Em conversas registradas em uma troca de cartas, os amigos Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade não poderiam imaginar que suas reflexões sobre a vida, o casamento, o samba, o povo nas ruas pudessem ir parar na boca do futuro entre os maiores pesquisadores da arte e cultura brasileiras. E, o mais interessante, iriam se reunir, um século depois, em um debate virtual para repensar a década de 1920 e analisar o impacto do Modernismo na agenda cultural do País. Continue lendo

Livro de professora da USP trata das trajetórias de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Regina Graz

A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco na história da arte, dando início à consolidação do Modernismo, e ainda hoje suscita muitas reflexões. Sob a perspectiva feminina, a pesquisa da professora Ana Paula Cavalcanti Simioni, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, apresenta resultados da análise das trajetórias das pintoras modernistas Tarsila do Amaral (1886-1973) e Anita Malfatti (1889-1964) e também da artista têxtil, ainda pouco conhecida, Regina Gomide Graz (1897-1973). Desenvolvida desde 2005, com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a partir de sua tese de livre-docência na USP, agora é publicada em livro pela Editora da USP (Edusp), sob o título Mulheres Modernistas: Estratégias de Consagração na Arte Brasileira, previsto para ser lançado em março. Continue lendo

Projeto do Sesc com participação da USP produz CDs com músicas e poemas ouvidos na Semana de Arte Moderna de 1922

Apresentar uma paisagem até então inédita da Semana de Arte Moderna de 1922 foi a proposta que a professora Flávia Camargo Toni, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, em parceria com a jornalista e musicóloga Camila Fresca e a especialista em políticas públicas na área da cultura Claudia Toni, ofereceu ao Sesc (Serviço Social do Comércio). As cores e a emoção estética de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e outros mestres agora fluem com os sons que encantaram a sua arte há cem anos. O projeto Toda Semana: Música & Literatura na Semana de Arte Moderna apresenta a íntegra dessa paisagem sonora em quatro CDs, produzidos pelo Sesc, que estão disponíveis gratuitamente e on-line. Continue lendo

Com trilha sonora de Zeca Baleiro, longa-metragem Tarsilinha tem estreia marcada para 17 de março

Telas como Abaporu, A Cuca A Feira, da pintora modernista brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973), ganham vida na história de Tarsilinha (Brasil, 2021, 90 min), animação de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo – formados, respectivamente, pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) e pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. A trilha sonora é de Zezinho Mutarelli e Zeca Baleiro, que ainda interpreta, ao lado de Ná Ozetti, a canção-tema, especialmente composta para o longa.  Continue lendo

Especialistas da USP falam sobre o principal marco do Modernismo no Brasil

Desde 10 de janeiro, a Rádio USP (93,7 MHz) apresenta diariamente os boletins Rádio USP no Centenário da Semana de 22, como já mostrou o Jornal da USP, que no dia 1º passado publicou os áudios que foram ao ar entre 10 e 28 de janeiro (clique aqui para ouvir). Neles, a emissora traz entrevistas com especialistas da USP e dá informações sobre livros, exposições e demais eventos relacionados com o centenário do principal marco do Modernismo no Brasil. Continue lendo

Plataforma Ciclo 22 reúne informações sobre o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e também sobre o bicentenário da Independência

No ar desde agosto passado – como anunciou o Jornal da USP na época -, o portal Ciclo 22 é uma vasta fonte de informações sobre duas datas de fundamental importância para a história e a cultura brasileiras – o bicentenário da Independência, que será completado no dia 7 de setembro próximo, e o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, que se dá neste mês de fevereiro. Continue lendo

Martin Grossmann destaca Era Uma Vez o Moderno, mostra do Instituto de Estudos Brasileiros da USP e do Centro Cultural Fiesp

“Nas vésperas do aniversário de cem anos da Semana de Arte Moderna, é impossível não abordarmos esse evento histórico que é um verdadeiro mito”, comenta Martin Grossmann em sua coluna Na Cultura, o Centro Está Em Toda Parte, na Rádio USP (clique e ouça o player acima). Continue lendo

Os 110 anos do Theatro Municipal fazem refletir tanto sobre sua importância arquitetônica como pelo seu valor cultural

No começo do século passado, a cidade de São Paulo queria ser Paris quando crescesse. E há exatos 110 anos, no dia 12 de setembro de 1911, esse sonho parecia estar se materializando. A razão? A tão esperada inauguração do Theatro Municipal, bem no coração da cidade, obra do escritório de Ramos de Azevedo e de clara inspiração na Ópera de Paris. Tudo bem que, como consequência, os paulistanos foram apresentados a um evento subjacente, que se tornaria cada vez mais realidade em seu cotidiano: um dos primeiros congestionamentos de automóveis de sua história. Continue lendo


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