
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda adotar tecnologia para o eleitor checar o voto após o período da eleição. A proposta é fruto de uma cooperação técnica com a Escola Politécnica da USP. O professor e coordenador do projeto de parceria, Wilson Ruggiero, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli) da USP e do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc), comenta a tecnologia, que pode auxiliar o eleitorado brasileiro, ao Jornal da USP no Ar 1° Edição.
A parceria surgiu por meio do TSE ao laboratório da Poli, devido à procura do órgão eleitoral por parceiros para as tarefas de testes de sistema de segurança atual e de um novo sistema de votação das futuras eleições, “pela nossa experiência prévia não só de pesquisa e conhecimento na área de segurança da informação, mas sim e principalmente na capacidade de produzir inovação em cooperação com a indústria”, destaca Ruggiero.
O novo projeto que o Larc está desenvolvendo propõe uma tecnologia que transforme o sistema atual em outro com verificação pelo eleitor, através de uma impressão “criptografada e mascarada, que não revela o voto, mas tem relação unívoca com o voto que o eleitor expressou”, explica Ruggiero. Ele também destaca que, nesse novo sistema em desenvolvimento, o comprovante constará no relatório final da urna eletrônica: o Boletim de Urna. “Lembro que todos os registros são criptografados e o sigilo do voto continua garantido”, reforça.
De acordo com o coordenador do projeto, o convênio propõe duas atividades principais: uma análise da segurança de software e hardware em relação ao sistema eleitoral atual para garantir a segurança do projeto e a construção de um novo sistema que leve em consideração fatores importantes, como a redução de custos do sistema vigente e implementação de novas tecnologias, “para aprimorar a capacidade de segurança, auditabilidade e aumentar de forma significativa a transparência do processo de eleições”, comenta. Por fim, Ruggiero informa que o convênio surge como processo de aprimoramento e será realizado pelo laboratório da Poli em cooperação estreita com a equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral.
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