A fobia social é uma doença comum que afeta, em média, 13% dos brasileiros. Cristiane Maluhy Gebara, mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP, explica que a pessoa que possui tal transtorno de ansiedade se sente desconfortável ao ser o centro das atenções, pois imagina que está sendo constantemente julgada. Geralmente, a doença se manifesta no final da infância, início da adolescência, e pode ter tanto causas genéticas quanto um desenvolvimento relacionado à sua criação.
O transtorno pode transparecer em situações de desempenho, como falar em público, ou de relacionamento interpessoal, como abordar desconhecidos para tirar dúvidas. Entre os sintomas que aparecem em tais momentos, há taquicardia, sudorese, tremor nas mãos ou na voz, rubor facial, entre outros. Como formas de tratamento, há o medicamentoso, principalmente com antidepressivos, e o tratamento psicoterápico. A pesquisadora fala também sobre seus estudos envolvendo tratamento com realidade virtual.
Muitas pessoas encontram dificuldade no mercado de trabalho ou mesmo em reuniões sociais em razão do transtorno, por isso a importância de procurar auxílio especializado. É importante lembrar também que a simples timidez não caracteriza a fobia social. Cristiane aconselha os pais a observarem seus filhos para, caso necessário, buscar tratamento adequado.
Ouça a matéria, na íntegra, no áudio acima.