É cada vez mais comum que seleções nacionais de futebol exportem e importem jogadores. Na Copa do Mundo na Rússia, são contabilizados até 80 atletas que defendem uma equipe diferente do país onde nasceram.
Para o professor Guilherme Wisnik, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, isso é resultado de “um aumento grande da imigração no mundo, com os refugiados nas últimas décadas”.
“A Copa do Mundo traz à tona muito dessa diáspora, dessa divergência da Babel contemporânea”, avalia Wisnik. “Que aparece também na forma de preconceito racial”, acrescenta. “A gente sabe o quanto a direita francesa, alemã e de muitos países europeus sempre foi resistente à presença desses atletas em suas equipes nacionais.”