Dando sequência à sua série sobre canções do passado que continuam atuais, o colunista Guilherme Wisnik, em sua coluna “Espaço em Obra”, trata de uma composição de 51 anos atrás: A Maioria sem Nenhum, samba de Elton Medeiros e Paulinho da Viola, presente no álbum Samba na Madrugada, de 1966. Wisnik chama a atenção para a atualidade do refrão – “uns com tanto, outros tantos com algum, mas a maioria sem nenhum” – , que remete à realidade atual, em que os pobres, ao que parece, novamente serão responsáveis para pagar a conta de “todos os descaminhos do País”, em meio a uma revolução conservadora, “uma revanche de elite”.
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