Ao retomar a sua coluna neste início de ano, a professora Marília Fiorillo anuncia que continuará a falar sobre geopolítica, guerra e diplomacia, mas sob a ótica da literatura. E começa essa nova fase com o romance O Americano Tranquilo, do britânico Graham Greene, publicado em 1955, mas com ressonâncias que chegam aos nossos dias, pois o tema é o início das operações norte-americanas para ocupar o Vietnã, na época sob o jugo do colonialismo francês. A história é narrada por um jornalista e a subtrama envolve um triângulo amoroso, do qual desponta um idealista agente da CIA que quer exportar a democracia americana para aquele país asiático. Nós sabemos como essa história acabou anos depois, com a eclosão da guerra do Vietnã.
A crítica da época não recebeu muito bem a obra, cujo final não é feliz, “como não estão sendo felizes os desfechos das invasões norte-americanas no Iraque e no Afeganistão”, diz a colunista, antes de completar: “É, parece que essa história de exportar democracia através de armas nunca acaba muito bem”. Acompanhe o comentário da professora Marília Fiorillo, na íntegra, pelo link acima.