Na coluna desta semana, o professor Renato Janine Ribeiro comenta os massacres ocorridos em Suzano e na Nova Zelândia. Para o colunista, seria importantíssimo não divulgar nada que possa promover os assassinos. “O que os assassinos mais querem, mesmo os que morreram, é a fama, a reputação, nem que seja uma fama horrível, mas é o que eles mais querem, por todos os estudos que dizem”, aponta. “Os nomes deles devem ser calados. As fotos não devem sair. As imagens das chacinas não devem ser publicadas por respeito às vítimas, por bom gosto e também para frustrá-los”, adverte o professor.
Para Janine, quando o ódio é muito violento, a vontade de destruir o outro aumenta. O professor diz que há uma diferença entre a falta de diálogo e o diálogo, mesmo que áspero. “O diálogo, mesmo áspero, supõe que o outro é alguém com quem você pode conversar. Agora, quando há recusa no diálogo ou mesmo quando eu faço um falso diálogo, quando apenas o uso para insultar o outro, denegri-lo, soltar palavrões, etc., nessas situações, de recusa do diálogo, a recusa da humanidade do outro está ficando perto.”
Segundo o professor, a melhor coisa contra o ódio é o diálogo. Era preciso que a sociedade estivesse mais atenta ao sofrimento alheio, perceber quando ele não é visível, e atentar mais para aquelas pessoas que estão sofrendo, amargurando, e construindo um ódio dentro de si.
Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.