As vendas de Natal e final de ano devem ser maiores do que as dos anos anteriores em pelo menos 5%. Essa é a previsão de analistas com base em alguns dados. Segundo o Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, cerca de R$ 200 bilhões devem ser injetados na economia até dezembro, com o pagamento do décimo terceiro salário para 83,3 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais, aposentados e beneficiários da previdência.
Outras fontes de recursos, como a liberação do PIS pelo governo, também devem ajudar no aumento do consumo. Aliado a isso, tem a redução de preços. O Dieese anunciou queda do preço da cesta básica em 11 das 21 capitais pesquisadas no mês de outubro. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o custo médio da cesta básica caiu em todas as capitais.
A supersafra agrícola é apontada como um dos principais fatores para a queda de preço dos alimentos. A estabilidade do câmbio também. Mas não é só isso, como explica o professor Eliezer Martins Diniz, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP.
Ele cita dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) de que a queda de preços é mais ampla e atinge produtos que são campeões de vendas no Natal, como aparelhos celulares, de TVs, som e informática. Para o professor, produtos tipicamente natalinos importados, como castanhas, devem ser favorecidos pela estabilidade do câmbio.