A rinite, doença muito comum nos dias de hoje, não é provocada por nenhum tipo de vírus, mas sim por uma resposta exagerada do organismo ao entrar em contato com determinada substância. A rinite é caracterizada pela inflamação das mucosas nasais, podendo, ou não, ser alérgica. Para os casos de alergia, as “vacinas antialérgicas” são uma alternativa. O Jornal da USP no Ar conserva sobre o assunto com o professor João Mello, coordenador do Ambulatório de Alergia em Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM).
Por mais que não seja uma doença fatal, a rinite causa extremo incômodo em seus portadores, com uma perda de produtividade em até 40%, relata João Mello. O médico explica que o tratamento para a rinite alérgica funciona em três eixos: a diminuição do contato com o agente causador, o uso de antialérgicos e, finalmente, a vacina antialérgica. Os dois primeiros operam na ordem da mitigação de sintomas, já o último na diminuição da sensibilidade do paciente em relação às substâncias causadoras da rinite.
O professor da Faculdade de Medicina esclarece que, do ponto de vista formal, não há vacina antialérgica, mas sim uma imunoterapia alérgeno-específica. Como a rinite é causada por uma resposta exacerbada do sistema imunológico, o que a imunoterapia faz é minguar determinado anticorpo da classe IEG. O primeiro passo do tratamento é localizar o agente causador, a fim de coibir seu respectivo IEG. “Quando realizada corretamente, o porcentual de sucesso da imunoterapia é superior a 90%”, conta João Mello, e completa: “Às vezes, o paciente ainda terá que usar medicamentos, mas como houve uma diminuição de sua sensibilidade, ele usará bem menos”.
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