Alzheimer é uma doença que causa deterioração cognitiva e atinge cerca de 44 milhões de pessoas no mundo. Um estudo realizado por cientistas britânicos aponta as causas da patologia, por meio da análise comportamental de proteínas degenerativas como a tau e a beta-amiloide.
O professor Orestes Vicente Forlenza, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, explicou as novidades que esse estudo traz para a compreensão do Alzheimer. Diferentemente do que se pensava, “a proteína tau tem uma evolução por si só, ou seja, a partir de um estímulo inicial que possivelmente tenha relação com o acúmulo de amiloide. A própria tau acaba sendo capaz de catalisar e estimular o seu próprio desenvolvimento patológico”, afirma.
“Esse estudo talvez reforce a hipótese de que você consegue impedir o acúmulo de amiloide muito cedo, muito antes dos sintomas. Mas, a partir de um certo ponto, você tem que realmente proteger as células nervosas desse acúmulo de proteína tau”, completa o professor.
Forlenza também destaca que isso pode levar o tratamento de Alzheimer para outra direção, que vá além de focar nas drogas antiamiloide. “Talvez não baste usar uma droga antiamiloide se você não usar também uma droga que modifique e que impeça essa progressão do processo patogênico dependente do aumento de proteína tau anormal no cérebro”, ressalta.
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