Entenda se ansiolíticos podem ser usados na gravidez

O uso desses medicamentos sem acompanhamento na gestação pode trazer consequências

 17/06/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 19/06/2019 às 11:20
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O primeiro boletim Pílula Farmacêutica desta semana tira uma dúvida muito recorrente nas futuras mães. O uso de ansiolíticos durante o período da gravidez e lactação pode sim trazer riscos e consequências para a gestante e o bebê.

Poucos estudos asseguram o uso de ansiolíticos durante a gestação e amamentação. Se não for possível evitar o uso de benzodiazepínicos durante a gestação, deve-se optar por aqueles de meia-vida mais curta, que tem um efeito menos duradouro no organismo. Os benzodiazepínicos são detectados no leite e, por isso, devem ser evitados durante a lactação.

Quando uma mulher normalmente já utiliza esses medicamentos e descobre que está grávida deve procurar o médico que recomendou os medicamentos e um obstetra, para verificar se existe a real necessidade de continuar tomando esse remédio ou se, durante a gestação, a paciente pode “dar uma pausa” nos ansiolíticos.

Todos os psicofármacos prontamente atravessam a placenta, fazendo com que a concentração do fármaco fique igual, tanto na mãe quanto no feto. Este contato com os medicamentos expõe o feto a riscos como malformações congênitas, síndromes do período perinatal, intoxicação, abstinência no recém-nascido e alterações neurocomportamentais.

Para reduzir os riscos dos sintomas de toxicidade e abstinência neonatal, os benzodiazepínicos devem ser mantidos em doses mínimas ou retirados gradativamente, nunca de uma vez só e sempre com acompanhamento médico.

O boletim Pílula Farmacêutica é apresentado pelos alunos de graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, com supervisão da professora Regina Célia Garcia de Andrade. Trabalhos técnicos de Luiz Antonio Fontana.

Ouça acima, na íntegra, o boletim Pílula Farmacêutica.


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