Dez meses depois de sua posse, as incertezas sobre o governo Trump só aumentam, principalmente em função das atitudes desconcertantes que o presidente norte-americano tem tomado. A análise é do embaixador Rubens Barbosa para sua coluna “Diplomacia e Interesse Nacional”. Tudo caminha no sentido de confirmar a profecia de um dos pré-candidatos republicanos à presidência dos EUA, durante a campanha eleitoral. Segundo Jeb Bush, Trump era um candidato do caos e, caso fosse eleito, seria o presidente do caos.
Manifestações e pronunciamentos públicos sem precedentes têm marcado a atuação de Trump à frente do governo, o qual também se vale de uma visão autoritária, tanto no âmbito da política interna quanto no da externa. “Por qualquer ângulo que você analise a ação de Trump, você vai ver que há problemas.” E aí o embaixador cita exemplos como o do péssimo relacionamento do presidente americano com a imprensa do país, ou o acirramento das tensões com a Coreia do Norte, por exemplo.
Para Rubens Barbosa, os EUA vivem uma situação sem precedentes e nada animadora, como pode ser confirmado pelo seu atual isolamento, sobretudo em relação à Europa, e pela sua crescente perda de credibilidade mundial.