O assassinato do jornalista Vladimir Herzog, ocorrido nas dependências do DOI-Codi, em 1975, em plena vigência da ditadura militar, voltou a ser manchete dos jornais devido a uma decisão recente do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, que condenou o Brasil pela falta de investigação, de julgamento e de punição dos acusados pela morte do então diretor de Jornalismo da TV Cultura. Em 2010, o Brasil já havia sido condenado pela mesma Corte, num caso referente à guerrilha do Araguaia, mas se negou a cumprir a decisão.
Em seu comentário sobre o episódio, o professor Alberto do Amaral chama a atenção para dois componentes que julga importantes: um deles, ligado à realidade interna do Brasil, e outro, relacionado às leis de anistia, adotadas em vários países latino-americanos. “Houve inclusive rumores de que as Forças Armadas, em 2010, exerceram pressão sobre o governo brasileiro para que não houvesse modificação da Lei de Anistia, sob pena de haver um impacto de grandes proporções na vida política brasileira”, diz o colunista na conclusão de sua análise sobre o caso, a qual é possível ouvir na íntegra pelo link acima.