Brasil sofre grande perda com morte de Dom Pedro Casaldáliga

Compromissado com os direitos humanos fundamentais, o bispo era adepto da Teologia da Libertação, lembra Eunice Prudente

 14/08/2020 - Publicado há 4 anos
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Bispo emérito de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, Dom Pedro Casaldáliga nasceu na Espanha, mas estava radicado no Brasil desde 1968. Ficou conhecido por suas posições políticas e pelo trabalho pastoral ligado a causas como a defesa de direitos dos povos indígenas e o combate à violência dos conflitos agrários. Pertencente à congregação dos missionários claretianos, foi o primeiro bispo de São Félix do Araguaia, região de concentração fundiária com histórico de perseguições a famílias de sem terra e comunidades indígenas.

Seus ideários se concentravam em uma evangelização sem colonialismo. Dom Pedro Casaldáliga era adepto e pensador da Teologia da Libertação, que parte da premissa do compromisso do Cristianismo com os vulneráveis, os mais pobres.  Ele foi perseguido e defendido pelo Papa Paulo VI e pela CNBB no Brasil. Em 1970, publicou a obra Escravidão e feudalismo no norte do Mato Grosso.

A professora Eunice Prudente lembra que “é esse Estado brasileiro, com dimensões continentais, que sofre com os sem teto, sem terra, onde, muitas vezes, nossas instituições públicas precisam defender principalmente homens jovens brasileiros escravizados em latifúndios”.


Educação e Direitos
A coluna Educação e Direitos, com a professora Eunice Prudente, no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e  TV USP. 

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