As bases da confiança que a sociedade tem na ciência são discutidas por Paulo Nussenzveig na coluna Ciência e Cientistas. “No dia 16 de fevereiro, Jessica Scarfuto publicou um comentário na revista Science sobre fatores importantes para a confiança da sociedade norte-americana na ciência e nos cientistas. Ela resumiu dados apresentados num painel que ocorreu no encontro da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS), em fevereiro”, relata. “Os aspectos levantados me parecem muito pertinentes para entendermos os meios mais efetivos de comunicar o conhecimento científico para a sociedade de forma ampla”.
O comentário de Jessica apresenta cinco fatores que são considerados mais importantes, aponta o físico. “O tópico científico; o valor que a pessoa confere a dados e estatísticas em comparação com elementos mais intuitivos; o gênero e cultura da pessoa; a afiliação político-partidária (lembrando que nos EUA há apenas dois partidos políticos que se alternam no poder); a credibilidade de quem apresenta os resultados científicos”, enumera. “Embora não disponhamos de dados similares para a realidade brasileira, acredito que podemos reconhecer padrões que ocorrem aqui também”.
Segundo Nussenzveig, uma pesquisa realizada por uma empresa de análise de dados, a Gradient Metrics, permite correlacionar o valor dado à ciência com diferentes atitudes de grupos de pessoas. “Foram estabelecidas seis categorias, indo de pessoas que preferem ‘histórias a estatísticas’ até ‘soldados da verdade’”, ressalta. “Aqueles que preferem histórias a estatísticas valorizam decisões tomadas com base em intuição e relatos anedóticos; os soldados da verdade buscam evidências ‘irrefutáveis’”.
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