A república é uma forma de organização política que teve origem na Grécia antiga, num contexto em que não importavam mais as vontades de um só homem, mas sim o interesse público de todos os cidadãos no que se refere à tomada de decisões em um território.
Em termos práticos, os governos sob um regime republicano representativo devem exercer suas funções em função do povo e para o povo. Para isso, é essencial que haja políticas de transparência, para que seja possível a observação dos atos e a participação efetiva da imprensa no acesso e transmissão de informações para a população.
Por outro lado, cabe ao povo a função de fiscalizar constantemente os atos que são praticados em seu nome, para garantir que quem está governando não tome decisões que visem apenas o bem próprio.
Essa questão remonta a apropriação do público pelo privado, pertinente graças à tradição patrimonialista do antigo regime feudal, superado pelas revoluções iluministas, mas que em Portugal não foi uma questão bem resolvida e consequentemente implementou o problema no Brasil, que persiste até hoje. Assim, agentes públicos agem com o patrimônio público como se fosse uma propriedade, um bem pessoal, do qual se pode tirar algum proveito.