Na última coluna do ano, Renato Janine Ribeiro comenta a expulsão de alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) por terem fraudado o sistema de cotas. Eles se autodeclararam pretos ou pardos, mas essa declaração não foi comprovada pela comissão de verificação da universidade.
Janine aponta que, no Brasil, a discriminação sempre foi baseada pela aparência da pessoa e não pela origem étnica. Pode ocorrer um caso em que dois irmãos, sendo um branco e outro negro, de um sofrer discriminação por ser negro e o mesmo não ocorrer com o branco.
O professor destaca ainda que as cotas em universidades públicas são sociais, voltadas para alunos que estudaram o ensino médio em escolas públicas. As cotas para negros e pardos estão incluídas nessas cotas sociais como um subconjunto. “Se um negro estudou em escola particular, ele não vai ter direito à cota”, lembra o docente. Para o colunista, assim como fraudar a proveniência da escola pública é um erro, fraudar a cota étnica também é algo muito errado.
Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.