Museu Nacional – um crime perpetrado por vários governos

O incêndio arrasador do Museu Nacional do Rio de Janeiro repercute no mundo inteiro

 05/09/2018 - Publicado há 6 anos

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Nesta semana, como não poderia ser diferente, o professor Pedro Dallari trata do lamentável acontecimento que chocou o País: o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Do ponto de vista da cidadania no mundo globalizado, cultura e ciência são fundamentos básicos, porque ambas possibilitam a cada indivíduo compreender o mundo em que vive e também atuar nele no sentido de melhor se situar para tirar maior proveito, tanto em benefício de si mesmo como da própria coletividade.

Nesse sentido, a destruição do Museu Nacional do Rio de Janeiro é  algo dramático, porque afeta de forma muito aguda a cultura e a ciência no Brasil. É um museu e, ao mesmo tempo, difusor cultural, atendendo todos esses anos milhares de visitantes, principalmente estudantes, e era ainda um centro de ensino e produção científica ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. O museu é ainda a mais antiga instituição científica do Brasil.

Foi fundado em junho de 1818 – acabou de completar 200 anos. Serviu de residência à família imperial e foi o primeiro a receber coleções de antropologia e ciências. As coleções da antiguidade egípcia, das tribos brasileiras e de arte plumária são perdas irreparáveis. Dallari não vê o incêndio como uma tragédia, mas como um crime governamental perpetrado pelos vários governos ao longo do tempo.

Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Globalização e Cidadania.


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