A neuromodulação não-invasiva vêm obtendo resultados cada vez melhores no tratamento da depressão e de transtornos dolorosos. “Na prática, a gente observa que, para a depressão, a resposta com a estimulação magnética é um pouco mais rápida que os antidepressivos. Os remédios demoram quatro a seis semanas, e a estimulação magnética começa a dar resultado já na terceira semana de tratamento”, disse Brunoni. Além da resposta mais rápida, a neuromodulação não-invasiva tem efeito comparável aos anti-depressivos e tem a grande vantagem de não ter efeitos colaterais. A técnica também vem sendo estudada no tratamento de outras doenças, como a esquizofrenia, mas ainda está em fase experimental.
O professor ainda elencou duas prioridades para o futuro: “Uma é aumentar ainda mais a eficácia, porque a gente imagina que é algo que teria um potencial de induzir uma resposta maior do que os antidepressivos, então a gente quer desenvolver maneiras de aumentar a eficácia da estimulação. A outra possibilidade seria a personalização, ou seja, tentar identificar pacientes através de biomarcadores, assinaturas neurais ou algoritmos baseados na inteligência artificial para apontar quais os que vão responder melhor à estimulação, porque aí poderíamos dar o tratamento certo para o paciente certo”.
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