Na coluna desta semana, o professor Eduardo Rocha, ao comentar os vencedores do Nobel de Medicina deste ano – conquistado por Katalin Karikó e Drew Weissman pelas descobertas que levaram ao desenvolvimento das vacinas chamadas de RNA mensageiro – informa que a ciência visual e a saúde ocular também foram contempladas com esse prêmio desde 1911, quando Allvar Gullstrand, oftalmologista sueco, foi reconhecido pelos seus estudos de ótica do olho, o que permitiu a construção de equipamentos para a correção de astigmatismo e catarata.
Em 1960, foi a vez de Peter Medawar e Frank Burlet dividirem o prêmio por estudos sobre tolerância imunológica, ocasião em que usaram como modelo o transplante de córnea, favorecendo estudos sobre esse e outros transplantes. Já em 1967, a honra e o privilégio de dividir o Nobel de Medicina na área de ciência visual coube a Ragnar Granit, Haldan Hartline e George Wald, os quais esclareceram a bioquímica da transformação da imagem em estímulo neurológico pelo ciclo do retinol, ajudando a compreender uma importante forma de cegueira relacionada à deficiência de vitamina A.
Finalmente, em 1981, David Hubel e Torsten Wiesel ganharam o prêmio por estudos que permitiram entender o desenvolvimento da visão e o período crítico da vida na qual ela se desenvolve, e, assim, ajudar a fortalecer as estratégias de prevenção da cegueira na infância. “Portanto, estamos num momento para comemorar esses avanços e reconhecer o valor da ciência, direta ou indiretamente, para a nossa vida”, finaliza o colunista.
Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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