Robôs colaborativos podem até ser utilizados no âmbito do metaverso

Professor Arturo Forner Cordero coloca que a interação humano-robô não é futuro e, sim, presente

 30/01/2023 - Publicado há 1 ano
Com o passar dos anos, a evolução dos robôs industriais caminhou para um cenário de menor perigo para os humanos  – Foto: ICAPlants/Wikimedia Commons

 

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A Revolução Industrial trouxe diversos avanços tecnológicos, mas também diversos temores, principalmente sobre a substituição dos trabalhadores por máquinas. Atualmente, outro tipo de máquina entra em pauta: os robôs. “O futuro da interação humano-robô não é futuro, é presente”, diz o professor Arturo Forner Cordero, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos da Escola Politécnica da USP, e também membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE).

O professor pontua que: “Se olhar para o passado, achavam que os computadores iriam substituir os trabalhadores, mas criaram novos caminhos. Os robôs para interação física não tiram o trabalho das pessoas, mas podem abrir outras perspectivas”.

Cobots

Arturo Forner Cordero – Foto: Reproduçāo/Facebook

Com o passar dos anos, a evolução dos robôs industriais caminhou para um cenário de menor perigo para os humanos, tornando a convivência física mais possível, como exemplifica o professor: “Temos os robôs na linha de montagem da indústria, na saúde, o uso de exoesqueletos”. Os tipos de robôs físicos que interagem de forma colaborativa com os humanos são chamados de cobots. O termo foi usado pela primeira vez no final da década de 1990 e início dos anos 2000.

Os robôs colaborativos são comumente utilizados nas indústrias e um de seus benefícios é diminuir a incidência de lesões nos trabalhadores. Cordero coloca que o envelhecimento da população é um tópico importante na discussão sobre o uso dos cobots: “Enfrentamos o envelhecimento da população. Existem lesões que chegam com a idade e, com os sistemas robóticos, podemos estender a capacidade das pessoas por muito mais tempo, poupar as pessoas e evitar essas lesões. Assim, as pessoas mais idosas conseguem se manter ativas”. É uma outra perspectiva para o mundo do trabalho nesse cenário.

Metaverso

O metaverso é um assunto com muito destaque atualmente e o professor comenta que a ideia do uso de robôs como mediadores não é nova: “Os robôs são utilizados de forma massiva quando a presença humana não é possível, como na exploração espacial”. No caso do metaverso, os humanos estariam nesse plano, enquanto os robôs, no físico. Cordero coloca que, com eles, é possível até aumentar a capacidade do metaverso e mesmo dar aulas de robótica de forma interativa seria factível. “Podemos ter muitas aplicações de robôs físicos no metaverso e também fora dele. Os robôs têm essa facilidade de se movimentar entre um mundo e outro”, coloca o professor.


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