“Batalha do termostato” gera discussão sobre diversidade na ciência

Estudo verificou relação entre temperatura de ambientes e desempenho cognitivo de homens e mulheres

 19/06/2019 - Publicado há 5 anos

A discussão sobre a diversidade no meio científico gerada pelo estudo da influência de fatores ambientais na capacidade cognitiva é o tema da coluna Ciência e Cientistas. “No último dia 22 de maio, Veronique Greenwood publicou um artigo no New York Times intitulado A batalha do termostato: salas geladas podem reduzir a produtividade das mulheres, afirma o físico Paulo Nussenzveig.

“Todos conhecemos ‘lendas urbanas’ segundo as quais o conforto térmico para mulheres implica em temperaturas razoavelmente mais elevadas do que para homens. Ou, em outras palavras, que as mulheres devem sempre levar malhas para seus locais de trabalho, onde, muitas vezes, aparelhos de ar-condicionado são ajustados para gelar os ambientes”, relata Nussenzveig. “Mas será que a temperatura do local de trabalho influencia no desempenho cognitivo das pessoas? Estudos anteriores indicavam que não havia efeito mensurável.”

O físico conta que foi publicado um estudo na revista científica on-line PLOS One em que os dados são apresentados de forma separada por gênero. O trabalho é de autoria de Tom Chang (Estados Unidos) e Agne Kajackaite (Alemanha) e recebeu o título Batalha do termostato: gênero e o efeito da temperatura sobre a performance cognitiva. “Os resultados indicam que, para as mulheres, conforme a temperatura aumenta, seu desempenho em tarefas intelectuais melhora”, destaca. “O oposto é verificado para homens, embora o efeito seja menos pronunciado.”

Ouça mais no áudio acima.


Ciência e Cientistas
A coluna Ciência e Cientistas, com o professor Paulo Nussenzveig, no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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