Saiu o Relatório Mundial da Felicidade, que coloca os finlandeses, pelo sétimo ano consecutivo, como o povo mais feliz do mundo. Marília Fiorillo comenta que os finlandeses são mais felizes porque, além de terem uma distribuição de renda mais igualitária e uma invejável sensação de segurança e estabilidade, possuem um fortíssimo senso de comunidade, solidariedade e cumplicidade.
“A Finlândia supera outros países também nos quesitos educação, equilíbrio entre o tempo gasto entre as horas de trabalho e lazer e pela satisfação de um intenso convívio e conexões sociais […] Comentando o resultado do ranking há alguns anos (que inclui, na sequência, outros países nórdicos, Noruega, Dinamarca, Islândia e Suécia), a revista The Economist perguntava como é possível que um país tão gelado, com algumas regiões que sequer veem a luz do sol, exceto por curtos períodos, seja tão feliz.” E dava a dica: ‘Isso sugere que sociedades felizes são aquelas com sistemas sociais e instituições que não deixam as pessoas abandonadas e desassistidas, e que são mais capazes de integrar imigrantes'”.
“O dado curioso, porém, é que o relatório atual revelou que a felicidade é menor entre os jovens que os mais velhos. Motivos possíveis: uma aflição mais presente com a crise ambiental, e, principalmente, o vício das redes sociais, que rouba deles o prazer da convivência social e os transforma em precoces e infelizes solitários”.
Conflito e Diálogo
A coluna Conflito e Diálogo, com a professora Marília Fiorillo, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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