“No último sábado, dia 19, fui com meus alunos da disciplina Introdução à Museologia, da Escola de Comunicações e Artes da USP, ao Museu Judaico de São Paulo, localizado no centro da cidade.”, conta Martin Grossmann em sua coluna Na Cultura, o Centro Está Em Toda Parte na Rádio USP (clique e ouça o player acima). “O grupo de 30 alunos de diferentes cursos de graduação da USP foi recebido pelo educador e mediador Jo Chilman. Participamos do início de uma outra visita oferecida ao público em geral, conduzida por atores que, por meio da teatralização e trajes de época, recontaram a chegada dos judeus à cidade de São Paulo, relacionando assim esse processo de inserção desse povo na megalópole aos objetivos e missão do novo museu, prestes a completar um ano de vida.”
Os estudantes e professores puderam conversar com o diretor do museu, Felipe Arruda. “Percorremos os espaços expositivos e sociais do museu. A visita foi conduzida no sentido de proporcionar aos alunos uma visão geral do museu, seus objetivos, missão e principais projetos. A visita foi pontuada por destaques das exposições de longa duração do museu, como também conversas a respeito da gestão e mediação cultural desenvolvidas pelo museu e sua equipe. Tivemos também contato com as exposições de arte moderna e contemporânea.”
Felipe Arruda destacou para os estudantes o grande desafio da instituição: o de atuar simultaneamente como museu histórico voltado à memória e exposição da cultura judaica, valorizando o patrimônio histórico, como também sendo a casa de “todos os povos” e também operar como plataforma dialógica e promotora dos direitos humanos ao combater não só o antissemitismo como também toda forma de exclusão e discriminação. “A arte, moderna e contemporânea, nesse sentido, tem, em grande parte, o papel de ativar a metáfora da trança que energiza o entrelaçamento dessas várias “camadas” propositivas do museu”, comenta Grossmann. “Felipe Arruda lembrou que a trança permeia a cultura judaica, desde o challah, o pão judaico, que se pronuncia “ralá”, consumido durante cerimônia realizada no dia do descanso semanal sagrado, às sextas-feiras, após o pôr do sol, até os cachos laterais (peiot) cultivados por alguns judeus ortodoxos, símbolo de guarda dos Mandamentos, de identidade e resiliência.”
Mais informações sobre o Museu Judaico, acesse:
https://museujudaicosp.org.br/
Na Cultura, o Centro está em Toda Parte
A coluna Na Cultura o Centro está em Toda Parte, com o professor Martin Grossmann, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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