O colunista Martin Grossmann destaca a Bienal como um hardware que produz software em Na Cultura, o Centro Está em Toda Parte, da Rádio USP (clique o player acima e ouça a comparação). “Como diz o grande teórico das novas mídias, Pierre Lévy. tudo aquilo que é transformação, passagem, é da ordem da interface”, lembra. “E a interface tem diferentes componentes, elementos essenciais para que haja um certo encontro e não é fácil.”
Grossmann observa que uma boa interface é palco de tensões, confrontos e depende de uma dinâmica de atuação de diferentes elementos.”Uma interface é fruto de uma ação coletiva, de um compartilhar e neste sentido mais uma vez reforço que o grande mérito desta 34ª Bienal é ser resultado muito positivo de uma ação coletiva, que certamente tem a ver com a composição, o diálogo estabelecido pelos curadores e a relação com as equipes de arquitetos, expografia, design, comunicação visual, ação educativa e nós, o público, que usufruímos dessa situação e ajudamos a mantê-la.”
Para incentivar a reflexão dos visitantes da 34ª Bienal, Grossmann comenta que a referência do projeto curatorial é o pensamento de Edouard Glissant apresentado no livro Poéticas da Relação, lançado em 1990. “Glissant traz uma visão ainda bastante positiva e otimista em relação às possibilidades interculturais da missigenação. Enfim, de uma situação que possa ser diferente da que nós estamos vivendo.”
Na Cultura, o Centro está em Toda Parte
A coluna Na Cultura o Centro está em Toda Parte, com o professor Martin Grossmann, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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