Concessão do Ginásio do Ibirapuera não atende ao interesse público

Para Nabil Bonduki, rejeição do processo de tombamento do Ginásio do Ibirapuera, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, é equivocada

 03/12/2020 - Publicado há 3 anos
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Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, comenta os planos do governo do Estado de São Paulo que preveem que o Ginásio do Ibirapuera seja transformado em um “centro comercial e de entretenimento e de gastronomia”, concedido à iniciativa privada.

Para o urbanista, a decisão do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), que rejeitou nesta semana o pedido de abertura do processo de tombamento do ginásio, é “lamentável”.

A ação evidencia para Bonduki que “nem sempre os interesses, as vontades dos governantes correspondem efetivamente ao interesse público, ao interesse cultural e patrimonial”. Além disso, o professor relembra a importância do projeto original do ginásio criado pelo arquiteto e atleta Ícaro de Castro Mello, cujo acervo se encontra atualmente na biblioteca da FAU, na Cidade Universitária.

Ouça a íntegra no áudio acima.


Cotidiano na Metrópole
A coluna Cotidiano na Metrópole, com o professor Nabil Bonduki, vai ao ar quinzenalmente às quinta-feira às 9h00, na Rádio  USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção a Rádio USP,  Jornal da USP e  TV USP.

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