Na coluna de hoje (18), Bruno Bedo discute os impactos na cabeça em jogadores de futebol de elite, um tema de crescente relevância. Embora o futebol traga benefícios à saúde cardiovascular e respiratória, a exposição frequente a impactos na cabeça levanta preocupações sobre o risco de doenças neurodegenerativas em jogadores profissionais. A coluna analisa esses riscos e possíveis soluções para minimizar os impactos a longo prazo na saúde dos atletas.
A literatura científica recente mostra que jogadores de futebol estão expostos a frequentes impactos na cabeça, seja por colisões ou cabeceios. Estudos indicam uma alta incidência de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Esclerose Lateral Amiotrófica entre ex-jogadores, especialmente aqueles que jogaram entre as décadas de 1950 e 1970. Análises de dados de jogadores suecos e escoceses reforçam essa preocupação. Um levantamento de quatro Copas do Mundo (1974-2022) revelou um aumento nos impactos, com defensores sendo os mais afetados, e as lesões causadas principalmente por colisões entre cabeças e cotovelos.
Organizações como a Fifa têm implementado medidas para identificar e tratar concussões durante os jogos, mas ainda há muito a ser feito. Algumas ligas, como a inglesa, proibiram cabeceios para jogadores com menos de 12 anos, visando a proteger os mais jovens. No entanto, o futebol moderno é mais agressivo, aumentando o número de colisões e os riscos à saúde cerebral. Medidas adicionais sugeridas incluem programas educacionais, regulamentações mais rígidas, uso de equipamentos de proteção e redução de jogos por temporada. Apesar das ações preventivas, é crucial que as federações reforcem os cuidados para garantir a segurança dos atletas.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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