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Nesta coluna, o professor Carlos Eduardo Lins da Silva trata da influência cada vez maior de Elon Musk no governo de Donald Trump, a ponto de afirmar que “o governo Trump está praticamente dividido entre o Trump e o Elon Musk”, responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental dos EUA. Ocorre que Musk, a exemplo de Trump, está empenhado em atacar a imprensa “de todas as maneiras”,  valendo-se de medidas como a de entrar com ações na Justiça contra jornalistas que usem informações postadas em plataformas de redes sociais, “assim como o Trump tem feito em judicializar diversas outras ações da imprensa.” O colunista observa, porém, que as informações postadas pelas autoridades em redes sociais são públicas, “e as autoridades públicas são passíveis de serem investigadas e citadas por jornalistas, isso é tão velho quanto o jornalismo”. O Musk diz, contudo, que isso não é permissível e constitui doxxing – que se dá quando informações particulares são publicadas com intenções criminosas -, de modo a estar usando essa justificativa como desculpa para processar jornalistas. Graças a essa tática, o jornal The Washington Post deixou recentemente de publicar um anúncio político que dizia: “Quem está governando este país, Donald Trump ou Elon Musk”?

“É uma situação muito ruim que vive a imprensa americana. O presidente Trump e o seu coadjuvante principal, que é o Elon Musk, estão dando entrevistas exclusivas juntos, fazendo ameaças juntos e são duas armas poderosas para tentar desestabilizar a imprensa americana, inclusive em veículos públicos”, afirma Lins da Silva. No outro lado da mesma moeda, o governo Trump estendeu para outros órgãos do governo a prática, já adotada na Casa Branca, de selecionar os jornalistas que ali exercem suas atividades profissionais. “O Pentágono retirou da sua sala de imprensa as mesas destinadas a diversos veículos de comunicação tradicionais e independentes e colocou no seu lugar veículos de comunicação que são alinhados ao governo Trump e que não têm nenhuma tradição, nenhum lastro jornalístico, todos de extrema-direita, todos considerados leais ao presidente Trump.”

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