Adeptos do sedentarismo perdem espaço na longevidade saudável, principalmente quando o assunto é saúde óssea. Essa foi a conclusão de um estudo publicado na Acta Ortopédica Brasileira e analisado pelo professor Paulo Roberto Santiago nesta edição da coluna Ciência e Esporte.
A pesquisa, realizada por uma equipe da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo, acompanhou durante seis anos a densidade mineral óssea e a composição corporal de idosos praticantes de corrida de longa distância. Os resultados mostraram que não houve perda óssea nesses atletas ao longo desses seis anos ativos no esporte. A integridade óssea foi avaliada através de exames de densitometria óssea.
A mesma qualidade dos ossos, no entanto, não foi observada quanto aos níveis de gordura corporal, que aumentaram com o passar dos anos. Segundo o professor Santiago, a explicação é que a corrida ajuda na manutenção saudável da composição corporal, mas “não é o principal fator na redução de gordura, que depende de aspectos mais amplos”, que vão desde a dieta alimentar, o equilíbrio energético e o metabolismo de cada indivíduo.
Quanto às técnicas de medidas para acompanhamento de densidade óssea e gordura corporal, o professor diz que a prática clínica não depende necessariamente de equipamentos como o densitômetro ósseo. Essas avaliações podem ser realizadas com simples balanças de bioimpedância, tabelas de referência e medidas antropométricas.
Para quem gosta do tema, a coluna Ciência e Esporte está aberta a sugestões de temas para as próximas edições, que podem ser feitas pelo e-mail ou através de comentários no canal da coluna no youtube. A única restrição é que sejam relacionadas à ciência e ao esporte.
Ouça no player acima a íntegra da coluna Ciência e Esporte.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Paulo Santiago, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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