A partir de maio de 2019, tornou-se comum abrir o noticiário e se deparar com matérias sobre a China. Desde a proposição da lei de extradição em Hong Kong, passando pela guerra de sanções econômicas com os Estados Unidos e chegando à crise do coronavírus, o gigante asiático demonstra o crescimento de sua relevância política. Rubens Barbosa comenta os episódios dessa escalada.
A maior parte das movimentações políticas relevantes envolvendo a China, inevitavelmente, convergem para um ponto: o confronto com os Estados Unidos. Enquanto a guerra tarifária de 2019 e as acusações, por parte dos norte-americanos, de que os chineses teriam ocultado informações sobre os perigos do coronavírus são mostras explícitas do confronto, há momentos menos escancarados de contraposição. Há as tensões no mar do sul da China; há a batalha pelo 5g, na qual os EUA vêm tentando impedir que outros países adquiram a tecnologia chinesa; há também a questão de Hong Kong.
Em 2019, o Congresso tentava aprovar a lei de extradição, que permitiria enviar prisioneiros para a China. Após meses de manifestações, o projeto caiu. Mas não parou por aí. No mês passado, o parlamento da China aprovou uma lei de segurança nacional, buscando pôr fim aos protestos e às ameaças de secessão. Houve reação interna e externa: parte da Europa desaprovou a ação, assim como os EUA, que, além disso, passaram a incentivar empresas a deixarem a China.
As ações chinesas não vêm passando despercebidas. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) passou a interpretar a posição mais assertiva da China como uma política de intimidação. O gigante asiático — de acordo com Rubens Barbosa — “quase chegou a ser considerado um inimigo”.
Ouça a coluna na íntegra no link acima.
Diplomacia e Interesse Nacional
A coluna Diplomacia e Interesse Nacional, com o professor Rubens Barbosa, no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.