O assunto desta semana na coluna Datacracia é o jornalismo computacional, ou seja, o jornal feito por algoritmo, sem a intermediação humana, algo que, segundo Luli Radfahrer, está cada vez mais próximo da realidade. Isso, por outro lado, remonta à velha e controversa tese da máquina como substituta do ser humano. Radfahrer especula que um bom uso do computador no jornalismo seria na checagem automática de fatos – ou seja, os algoritmos poderiam ser usados para verificar a autenticidade ou não das notícias a serem publicadas.
“O mesmo algoritmo, que hoje é usado para escrever texto, seria usado para ler o texto e verificar na internet se isso é real e trazer essa resposta para você.” O colunista vai além e prevê que a máquina poderá substituir as agências de notícias, ou seja, o fato narrado, aquele que não requer interpretação, mas nunca o jornalismo interpretativo ou de opinião – este dificilmente será substituído, assim como o jornal pequeno, representativo de uma comunidade, como os jornais de bairro, por exemplo. Radfahrer prevê que o jornalismo vai acabar voltando ao passado, quando a circulação não era nacional, mas atendia aos anseios de determinada comunidade.
Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
.