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Na coluna Horizontes do Jornalismo desta semana, o professor e jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva analisa a tendência de jornalistas investirem cada vez mais em newsletters por e-mail, especialmente com a diminuição de empregos nas redações. Um ponto positivo nas newsletters, para ele, é a falta dos barulhos das plataformas e das redes sociais, sem as respostas e reações imediatas. “Você tem a oportunidade, como consumidor, de refletir sobre o que o jornalista está contando, sobre suas análises, para depois eventualmente reagir com outro e-mail”, aponta. 

A principal plataforma pela qual essa ressurreição da newsletter está acontecendo é o Substack, fundado em 2017. “Está tendo um grande sucesso, já que a plataforma dá todo o amparo tecnológico necessário ao jornalistas para que as mensagens sejam direcionadas aos mailing lists”, explica.

Ainda assim, é possível que a lógica de dominação das grandes empresas e de grandes nomes do jornalismo ainda se mantenha, já que as pessoas assinam a newsletter baseadas na credibilidade dos profissionais. “Esse é o grande capital que um bom jornalista tem”, afirma Lins da Silva. 

“Por outro lado, os blogs, que também saíram de moda e agora estão começando a voltar, muitas vezes foram iniciados por jornalistas sem muito reconhecimento público, pelo menos em número, e que deram certo, conseguindo inclusive povoar seu blog de anúncios para os nichos de consumo que conseguem criar”, comenta ele. O colunista finaliza afirmando que, “embora o jornalista conhecido é aquele que tem mais oportunidade de conseguir fazer algum dinheiro com esse sistema de newsletter por meio da Substack, os jornalistas menos conhecidos também podem conhecer os seus nichos se tiverem criatividade e talento”.

Ouça a íntegra da coluna no player.

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