As house parties (festas em casa) são reuniões entre amigos que entram em uma videoconferência e dividem uma grande festa, cada um em sua casa. O colunista Luli Radfahrer comenta que, na verdade, elas já existiam com o uso do YouTube antes da quarentena. Muitas pessoas assistiam a vídeos de enormes festas gravadas em lugares bonitos, com DJs famosos, e participavam delas a distância, às vezes com grupos de amigos em suas casas, e não virtualmente.
Radfahrer também pontua que o público de balada está mudando e ficando mais velho, com pessoas de 35, 40 e 45 anos que ainda gostam. Para ele, esse público cresceu nas festas e o compara a adultos que gostam de videogame desde pequenos e continuam jogando. Por vezes, esses indivíduos gostam da balada, mas não gostam do “ambiente, aperto e pegação”. O colunista explica que alguns preferem juntar pequenos grupos em casa e participar das festas com qualidade internacional.
Para Radfahrer, a balada house party vai coabitar com a presencial. Comenta que muitas pessoas de cidades menores costumam ir para cidades grandes para conhecer baladas e agora podem participar a partir de sua própria casa. “Vai ser um modelo cada vez mais presente. Não vai eliminar a balada física, mas vai certamente transformá-la.”
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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