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Com a crescente preocupação global em relação às doenças mentais e seus enormes impactos econômicos e sociais, cada vez mais pesquisadores estão buscando maneiras de entender, prevenir e tratar essas condições. Para o professor Bruno Bedo, uma abordagem que tem ganhado destaque é o potencial papel protetor da atividade física. “Uma recente revisão de literatura, publicada na Sports Medicine, abordou quais os mecanismos pelos quais a atividade física pode reduzir sintomas psiquiátricos ao longo da vida.”

Segundo ele, o exercício físico influencia os sintomas psiquiátricos ao longo da vida e está relacionado com uma melhoria especificamente nos domínios da autoestima, autoconceito e autoeficácia. Esses fatores são apontados como caminhos consistentes pelos quais a atividade física reduz os sintomas internos, como sintomas depressivos, principalmente em jovens.
Outros mecanismos são os neurobiológicos, os quais apontam que a relação entre a atividade física e os sintomas psiquiátricos através de mecanismos neurobiológicos ainda não é clara devido à falta de estudos consistentes. Algumas investigações sugerem que estruturas cerebrais como o volume do hipocampo podem desempenhar um papel, especialmente em relação aos sintomas depressivos em pré-adolescentes

Outro ponto positivo do exercício físico, segundo o professor, é que ele não apenas beneficia a saúde e a aparência física, mas também melhora a percepção e a avaliação pessoal sobre a própria imagem física, que, por sua vez, melhora o autoconceito e a autoestima, como também fortalece a autoeficácia ao ajudar os indivíduos a estabelecer metas realistas, identificar atividades físicas adequadas e aprender a seguir objetivos de exercícios e monitorar seu progresso.

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