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Saber o papel da América Latina no contexto internacional é de extrema importância para ter a dimensão da nossa representatividade na questão global. O século 19 foi dominado pela Inglaterra. As condições políticas, econômicas, sociais e institucionais do final do século 18 tornaram possível a Revolução Industrial, o que levou a Inglaterra a se tornar a grande potência daquele período. Já no século 20 o domínio passou a ser dos Estados Unidos, sobretudo após a Segunda Guerra mundial, consolidando-se no final do século com o fim da Guerra Fria. A partir desse ponto, o poder se desloca da América para a Ásia, mostrando a potência de países como Japão, Coreia e China.

A América Latina, no século 20, foi impulsionada pela Associação Latino-Americana de Livre Comércio (Alalc), com ideias da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), mas os resultados surgiram em meados de 1960, sendo substituída mais tarde pela Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). Segundo o professor Alberto do Amaral Jr., as duas associações não foram capazes de promover a integração entre os países latino-americanos, justamente pela falta de iniciativa, empenho e metas que pudessem ser implantadas e capazes de converter em realidade apta a trazer o desenvolvimento da região”, avalia.

Hoje, o cenário é de uma América Latina muito fragmentada, com relações bilaterais que privilegiam alguns países, como o México, que se considera na liderança da América Central. Há uma grande incerteza sobre os rumos políticos de países como Chile, Bolívia, Peru, Brasil e Argentina. Por falar em Brasil, sua liderança declinou e não consegue mais reunir os países latino-americanos e ajudar na intermediação de conflitos na região. “Há uma inexistência de conceitos básicos”, conclui Alberto do Amaral.

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