
O reitor da USP, Marco Antonio Zago, participou, no último dia 28 de janeiro, da “Jornada de Mobilização e Reflexão”, promovida pela Unesco e pelo Ministério da Educação Nacional, Educação Superior e Pesquisa da França, em Paris.
O evento de abertura contou com a participação da diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, e do secretário de Estado encarregado da Pesquisa e do Ensino Superior da França, Thierry Mandon, além de ministros de Educação de vários países, reitores e presidentes de Universidades, educadores e líderes religiosos.
“Construindo uma rede de universidades globais como defesa ao extremismo” foi o título da sessão da qual o reitor da USP participou. Durante sua apresentação, Zago apontou as diferenças e as similaridades entre as situações dos jovens universitários da América Latina em comparação com os jovens do Oriente Médio, África e Europa.
“Eu concordo que os problemas que discutimos hoje têm múltiplas causas e sua abordagem também deve ser múltipla. Meu foco é o esforço para engajar alunos universitários, com diferentes bagagens culturais, para trabalharem juntos. Compartilho a convicção de que, como líderes educacionais e acadêmicos, somos responsáveis em criar condições para os jovens de diferentes origens étnicas, diferentes culturas e tradições religiosas a atuarem em conjunto, e isso é uma importante ferramenta para erradicar ou reduzir o extremismo e o terrorismo”, afirmou o reitor.
Projeto Aladdin

A participação da USP no evento da Unesco foi resultado do apoio dado ao Projeto Aladdin, também ligado à organização internacional, que aproxima jovens universitários de diferentes países que, durante duas semanas, assistem a aulas e têm a oportunidade de desenvolver projetos interculturais em conjunto.
Cinco estudantes da Universidade fizeram parte do programa em 2015. Essa edição reuniu cerca de 70 universitários do mundo todo e foi realizada nos meses de julho e agosto, na Capadócia, na Turquia, com o tema “O Poder das Imagens: Verdade, Manipulação e Intolerância”.
Com a supervisão de tutores, grupos formados por quatro alunos apresentaram uma proposta de pesquisa ao final das duas semanas. Os grupos continuaram a trabalhar juntos após a primeira fase do programa, a fim de apresentar o trabalho de pesquisa completo para um painel internacional de acadêmicos em outubro do ano passado.
Um desses participantes foi o aluno da Escola Politécnica, Eduardo Marchezzi Raya. Juntamente com dois estudantes da New York University e um da Universitá La Sapienza, Raya desenvolveu um ensaio que comparou a história do islamismo e do cristianismo e a não-representatividade do grupo radical Estado Islâmico em relação à doutrina do Islã.
“Essa foi uma experiência muito boa, pois tive a oportunidade de conviver com pessoas do mundo inteiro”, destacou o estudante.
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