
O reitor iniciou seu discurso saudando os novos dirigentes e também agradecendo à ex-diretora Maria Arminda do Nascimento Arruda por sua atuação à frente da unidade, lembrando que ela continua lutando por seus ideais e ajudando a USP, como coordenadora do Escritório USP Mulheres.
“Assumir a tarefa de conduzir uma faculdade tradicional e complexa como a FFLCH é de grande responsabilidade. A USP tem uma peculiaridade que as outras não têm, somos descentralizados. As unidades têm uma alma própria, um caráter próprio e essa é a nossa riqueza. As diferenças são sempre positivas”, afirmou o reitor Vahan Agopyan.
Agopyan ressaltou que “estamos vivendo tempos especiais, não só pela pandemia, mas também por uma postura estranha que está perpassando vários países, inclusive o nosso, em que o negacionismo, a não aceitação da ciência, a crítica ao conhecimento se tornaram uma realidade. As universidades estão continuamente sendo atacadas em sua autonomia”.
“Serão anos difíceis, mas compartilho com vocês o otimismo responsável. Vamos superar os obstáculos e vencer os desafios. Tenho a certeza de que nossos sucessores vão encontrar uma FFLCH mais fortalecida, dentro de uma universidade de qualidade”, concluiu o reitor.
Éramos e somos a FFLCH
Como egresso da faculdade, Paulo Martins ressaltou em seu discurso o amor e a gratidão pela alma mater. “Gerir a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo é perturbador, é complexo, é difícil, para alguns, impossível. Gosto do que posso fazer pela FFLCH, pela USP. Retribuo nos anos de gestão tudo o que aprendi aqui, tudo que conquistei aqui. Hoje, antes de tudo, é um dia de agradecimento”, afirmou o diretor.
Martins também ressaltou a complexidade de gerir uma unidade com 14 mil alunos, 300 funcionários, 420 professores e 11 departamentos. “O reconhecimento da nossa essência reside na aquiescência de nossas características transversais, multilaterais, interseccionais que nos unem ao mesmo tempo que nos fazem divergir. É justamente essa diversidade instigadora, somada a uma estrutura gigante e a uma história encantadora que nos obriga, a Ana Paula e a mim, a ter uma posição firme e cuidadosa na direção da FFLCH. Nossa tarefa é a coordenação de suas partes, nossa tarefa é a sistemática defesa de suas diferenças, nossa tarefa é dialogar com suas peculiaridades, nossa tarefa é vivê-la diária e intensamente” (clique aqui para ler a íntegra do discurso de posse do novo diretor).
Assista à íntegra da cerimônia de posse dos novos dirigentes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.