
Às 10h da terça-feira, dia 19 de novembro, alunos, professores e funcionários do Instituto de Química (IQ) foram surpreendidos com sinais de fumaça no corredor do Bloco 3. Foi assim que teve início a primeira simulação realizada pelo Corpo de Bombeiros no IQ.
O treinamento teve o objetivo de capacitar cerca de 20 profissionais do 4º Grupamento de Bombeiros – responsável por áreas da Zona Sul e da Zona Oeste da cidade –, além das equipes da brigada de emergência do instituto, da Guarda Universitária e do Hospital Universitário (HU), para um eventual acidente na Cidade Universitária.
O Instituto de Química foi escolhido por ser considerado um local peculiar, pois há instalações com perigo de risco químico, situação em que o incêndio não pode ser combatido com água. “Para o Corpo de Bombeiros, esse tipo de treinamento é fundamental para conhecermos melhor as instalações, os riscos específicos do prédio, os acessos e os melhores locais para posicionar as viaturas. Tudo isso ajuda muito em uma situação verdadeira”, explicou o primeiro-tenente Diego Marcatti, que atuou como oficial de área e coordenou a equipe de operações.
“Nós também estamos trabalhando com o IQ em pesquisas para o desenvolvimento e compartimentação de materiais que podem ser utilizados nesse tipo de incêndio, assim como na criação de um protocolo para emergências em laboratórios de instituições de ensino e pesquisa”, reforçou o tenente-coronel Marcelo Higino Alves da Silveira, que também é mestrando do instituto.
Na simulação, um grupo de alunos representou as vítimas do acidente, sendo que quatro destas foram encaminhadas de ambulância para receber atendimento no pronto-socorro do Hospital.
Aproximadamente 900 pessoas frequentam o IQ diariamente. Para manter a veracidade na simulação, as aulas e outras atividades não foram suspensas e aconteciam normalmente no momento em que a simulação teve início.
[cycloneslider id=”incendio-iq”]Prevenção
Embora a iniciativa de realizar uma simulação dessa proporção na USP tenha partido do Corpo de Bombeiros, outros órgãos da Universidade foram envolvidos e agora planejam desenvolver uma rotina de treinamentos.
“Estamos trabalhando na ideia de estender essa capacitação a outras unidades e criar um plano para toda a Universidade, com a identificação de rotas de fuga e correção de falhas de escoamento”, afirma o superintendente de Prevenção e Proteção Universitária, José Antonio Visintin.
O papel da Guarda Universitária na simulação foi preparar a entrada dos caminhões do Corpo de Bombeiros, interditando vias da Cidade Universitária e facilitando o acesso ao local da ocorrência.
Visintin também reforça que “a Guarda Universitária atua 24 horas na Universidade e é a primeira a ser acionada nas ocorrências, por causa da capacidade de chegar em poucos minutos a qualquer lugar do campus. Embora sua principal função seja proteger a área e facilitar a atuação dos órgãos competentes, as equipes também devem estar preparadas para colaborar com o Corpo de Bombeiros no que for necessário”.