No encontro, os avaliadores fizeram apresentações sobre como foram definidos os critérios para a avaliação das unidades acadêmicas e das áreas de conhecimento e os desafios considerados nessa avaliação – Foto: Marcos Santos / USP Imagens
A Comissão Permanente de Avaliação (CPA), presidida pela vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, promoveu, no dia 4 de maio, um encontro dos dirigentes da USP com os 11 avaliadores externos que fizeram a análise prospectiva das atividades da Universidade. O encontro foi realizado na Sala do Conselho Universitário, no prédio da Reitoria.
A análise desses assessores foi dividida em cinco eixos: gestão universitária, graduação, pós-graduação, pesquisa e cultura e extensão universitária e teve como base o Relatório de Autoavaliação, que abrange as atividades da Universidade desenvolvidas no período de 2018 a 2022, referente ao quinto ciclo de Avaliação Institucional. Também foram realizadas visitas técnicas dos assessores com os responsáveis pelas áreas na USP. O estudo contou, ainda, com a experiência dos avaliadores e com seus conhecimentos sobre as melhores práticas de outras universidades do Brasil e do exterior e deverá subsidiar o planejamento estratégico da USP e a elaboração de diretrizes para os próximos ciclos avaliativos.
No encontro, os avaliadores fizeram apresentações sobre como foram definidos os critérios para a avaliação das unidades acadêmicas e das áreas de conhecimento e os desafios considerados nessa avaliação, como os efeitos da pandemia da covid-19 e as restrições orçamentárias enfrentadas pela Universidade nos últimos anos.
Há cinco anos, a USP iniciou o quinto Ciclo de Avaliação Institucional, após a implementação de reformas no regimento da CPA, como a criação da Câmara de Avaliação Institucional (CAI), da Câmara de Avaliação Docente (CAD) e a adoção do projeto acadêmico como um instrumento de planejamento e orientação à atuação das Unidades Acadêmicas, de seus departamentos e do corpo docente.
No segundo semestre de 2022, 52 Unidades encaminharam os relatórios relativos à execução dos seus projetos acadêmicos para a avaliação da CAI e, agora, estão recebendo os pareceres emitidos por aquela Câmara e aprovados pela CPA. Adicionalmente, a Universidade convidou 11 professores de outras instituições de ensino superior para produzirem uma avaliação crítica complementar ao trabalho da CAI.
Comissão de assessores seniores
Área | Assessores seniores | Instituição |
---|---|---|
Graduação | Walter Motta Ferreira Carlos Benedito de Campos Martins | Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade de Brasília (UnB) |
Pesquisa | Jerson Lima da Silva Marcelo Knobel | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)/Insper |
Cultura e Extensão | Mariangela Spotti Lopes Fujita Enio Passiani | Universidade Estadual Paulista (Unesp) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
Pós- Graduação | Soraya Soubhi Smaili Marilza Vieira Cunha Rudge Livio Amaral | Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Universidade Estadual Paulista (Unesp) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
Gestão | Ana Lúcia Almeida Gazzola Carlos Vogt | Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) |
Na abertura do evento, a vice-reitora falou sobre a importância da autoavaliação da Universidade e lembrou o início do processo de avaliação institucional na Universidade na gestão do então reitor José Goldemberg, em 1990 – Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Sentidos sociais
Assessores externos participam do processo de avaliação institucional da USP
Comissão é composta por 11 professores de instituições de ensino públicas estaduais e federais que estão avaliando as áreas de gestão, graduação, pós-graduação, pesquisa e cultura e extensão universitária
Comissão Permanente de Avaliação conclui relatório de avaliação institucional
Documento será entregue ao Conselho Estadual de Educação (CEE) e servirá de orientação para o processo interno de avaliação e de planejamento do próximo ciclo avaliativo
Na abertura do evento, a vice-reitora falou sobre a importância da autoavaliação da Universidade e lembrou o início do processo de avaliação institucional na USP, na gestão do então reitor José Goldemberg, em 1990, quando foi criada a Comissão Permanente de Avaliação. “Ele teve o pioneirismo de provocar a avaliação na Universidade e lançar as bases de parâmetros minimamente comuns às diferentes Unidades Acadêmicas”, afirmou.
“Buscou-se com estes destacados pesquisadores e gestores universitários construir uma reflexão crítica complementando o brilhante trabalho realizado pela CAI e, principalmente, colher recomendações fundamentadas em suas amplas experiências, que possam subsidiar o processo de planejamento das Unidades e da própria USP”, considerou Maria Arminda.
“Cientes dos sentidos sociais maiores que fundamentam a avaliação, quais sejam o fortalecimento da cultura democrática dentro da Universidade, de sua transparência junto à sociedade e sua internacionalização, chegamos ao presente momento municiados com boas soluções institucionais, mas que devem ser ainda mais eficientes. Vislumbro com o fechamento deste quinto ciclo de avaliação a oportunidade de dar um passo adiante com a criação de uma estrutura institucional de apoio às Unidades Acadêmicas no planejamento e na instituição de seus projetos acadêmicos”, destacou.
O presidente da CAI e professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), José Roberto Spotti Lopes, também ressaltou que os resultados alcançados pela avaliação externa representam o início de uma nova etapa da avaliação na USP, pois “estamos iniciando a reflexão para os próximos projetos acadêmicos”. Lopes explicou que os pareceres da CAI foram enviados às Unidades e que, a partir do próximo dia 10 de maio, serão promovidos encontros da Comissão com os dirigentes desses órgãos, para a discussão dos relatórios.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior expressou o compromisso da Reitoria de elaborar, no segundo semestre deste ano, o plano institucional da Universidade a partir dos documentos e relatórios produzidos pela CPA. “Precisamos de uma visão atual, de modernidade, do caminho que temos que seguir. Esse documento deverá ser enxuto, de fácil consulta para todos”, considerou.