
A falta de empregos e as dificuldades financeiras fazem com que a população brasileira busque se reinventar e sobreviver durante a crise do novo coronavírus. A atividade econômica sofrerá uma das maiores consequências negativas provocadas pela pandemia. O Instituto Brasileiro de Economia, ligado à Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV), estima que, até o fim de 2020, o número de desempregados cresça e passe dos 17% no País.
Segundo o professor Eliezer Martins Diniz, do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, uma das alternativas mais benéficas, para atravessar esse período conturbado, é o consumo colaborativo.
O professor explica que esse tipo de consumo é caracterizado por trocas, empréstimos e contratação de serviços. Portanto, não é focado na posse de bens e sim no uso e no acesso dos bens materiais. “Eu não preciso ter uma bicicleta, se não a uso frequentemente, eu posso alugá-la por um determinado tempo e depois devolvê-la”, afirma Diniz.
O professor conta que, apesar de existir há muitos anos, o consumo colaborativo volta a ganhar força com a internet. Segundo ele, as redes sociais facilitam as trocas entre as pessoas. Diniz também chama a atenção para os sites e aplicativos existentes focados na proposta, como no caso dos aplicativos de compartilhamento de carona. Além de possibilitar maior economia, continua o professor, o consumo colaborativo é bastante sustentável e diminui os desperdícios. Fato que contribui muito para a preservação do meio ambiente.
(Informações atualizadas em 3/07)