O desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, completa três anos sem que muita coisa tenha mudado desde o dia da tragédia com o rompimento da barragem da Samarco. Ações de indenização e reparação ainda são debatidas na Justiça e o meio ambiente, maior vítima desse que é considerado o maior crime ambiental da história, pode levar séculos para se recuperar.
Para o perito criminal da Polícia Federal, Rodrigo Mayrink, que acompanhou as investigações sobre o crime ambiental desde o início e se debruçou sobre os efeitos da tragédia na fauna aquática, a dimensão dos estragos pode ser medida a partir de vários parâmetros, um deles é a turbidez da água do rio Doce.
Dependendo do grau da turbidez, a incidência de luz na fauna e flora aquática fica totalmente comprometida, o que elimina a possibilidade de vida.
Mayrink é um dos palestrantes do sexto Encontro da Sociedade Brasileira de Química Forense e do terceiro Encontro da Sociedade Brasileira de Ciências Forenses, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, que acontece em Ribeirão Preto de 4 a 8 de novembro.
Os detalhes do evento no portal www.ribeirao.usp.br.